A Ministra do Mar visitou a fábrica de conservas ESIP, que anunciou investimentos de 1,3 milhões de euros e a criação de uma centena de postos de trabalho até 2015, em Peniche. «É um bom exemplo do dinamismo desta indústria, que exporta cada vez mais, e do que o Estado pode fazer enquanto agente facilitador de investimentos», afirmou Assunção Cristas. O investimento de 1,3 milhões de euros vai ser aplicado em obras de adaptação da fábrica, na ampliação da estação de tratamento de águas residuais e na instalação de um sistema de tratamento de cheiros.

O aumento do número de trabalhadores da empresa que emprega, em média, entre 700 a 900 pessoas (entre fixas e sazonais), deve-se à ampliação das instalações, na sequência de um acordo para a cedência de um entreposto frigorífico da Docapesca. O espaço, com capacidade para duas mil toneladas de pescado, permite melhores condições de conservação e armazenamento do peixe transformado e 100% destinado à exportação nomeadamente para França, Inglaterra, Holanda e Irlanda.

A empresa distingue-se por um novo conceito de conservas que valorizam mais o pescado, desenvolvido nos últimos três anos e que atualmente representa mais de 20% do volume de faturação. A ESIP (European Seafood Investments Portugal), detida por capitais tailandeses, fechou o ano passado com um volume de negócios de 60 milhões de euros e prevê, este ano, aumentar a faturação em 10 milhões de euros.

A Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território incentivou as entidades do setor apresentarem candidaturas que permitam aproveitar melhor os apoios comunitários do Programa Operacional da Pesca (Promar), cujos niveis de execução não satisfazem o Governo. «O Promar tem garantidos os mínimos de execução, a nível nacional, mas isso não nos satisfaz e queremos que apareçam mais projetos para que possamos gastar bem todas as verbas que temos destinadas», afirmou.