«Lanço o apelo a todos os privados, proprietários de terras que não podem trabalhar essas terras, que confiem no sistema da Bolsa de Terras», afirmou a Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, na abertura da conferência «O uso da terra e o combate à desertificação» e lançamento da Bolsa de Terras, em Lisboa.
Sublinhando que «ter terra abandonada é um luxo a que o País não se pode prestar», a Ministra quer que esta medida também seja uma forma de combater a desertificação em Portugal, uma vez que «58% do nosso território está vulnerável a este problema».
A Bolsa de Terras entra hoje em vigor, com o objetivo de «facilitar o encontro entre a oferta e a procura de terras para fins de exploração agrícola, combater o abandono, contribuir para aumentar a dimensão das explorações, aumentar o volume e o valor da produção agroalimentar nacional e contribuir para a identificação de terras abandonadas e para a recolha de informação relevante para a elaboração do cadastro», segundo o Diário da República.
Assunção Cristas lembrou que «a grande maioria das terras que podem integrar a bolsa pertence a privados, não sendo necessário vendê-las, podem arrendá-las ou fazer uma parceira com quem as vai cultivar». Além disto, «o Governo quer criar benefícios fiscais para beneficiar quem fizer bom uso da terra ou a coloque à disposição para que outros o façam».
«Esta não é uma bolsa de terras de um Ministério ou de um Governo. É, sim, a Bolsa de Terras de todos um País», concluiu.