Foi o tema da mesa-redonda realizada em Lisboa, na passada sexta-feira, 12 de Outubro, a propósito dos 50 anos da Política Agrícola Comum (PAC), numa sessão que contou com a participação da ADREPES.
Na sua intervenção, Cláudia Bandeiras destacou a importância da Abordagem LEADER e o papel das associações de desenvolvimento local tanto no nosso país como na União Europeia.
A técnica da ADREPES - Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal espera a continuidade da aplicação da Abordagem LEADER nas políticas de desenvolvimento rural, realçando a necessidade que isso seja feito por entidades que já estejam a trabalhar e conheçam bem os territórios, referindo a importância de existir uma coordenação atenta e estratégica entre os fundos abrangidos pelo Quadro Estratégico Comum.
A mesa-redonda, realizada no auditório da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), contou com a participação de diversas entidades representativas da actividade agrícola de Portugal, Bulgária, Estónia e Malta, proporcionando a reflexão e o debate sobre a importância da PAC.
Luís Mira, secretário-geral da CAP, lembrou que a PAC é uma política que permite aos consumidores europeus ter uma alimentação segura a um preço muito barato, realçando que uma das grandes vantagens da PAC é proporcionar a alimentação com maior segurança alimentar que existe ao nível mundial.
“O que a Comissão devia fazer era uma divisão mais equitativa de verbas distribuídas por todos os países. Hoje há um grande diferencial entre os países que entraram no pelotão da frente e os que têm recursos naturais mais reduzidos, esse equilíbrio é possível de fazer e espero que nesta reforma isso venha a acontecer”, concluiu Luís Mira.
Hugo Costa Ferreira, do Gabinete de Planeamento Políticas (GPP), afirmou na sua intervenção que “todo este processo de negociação é um processo muito complicado, porque diz respeito a todos os fundos comunitários e vai muito mais além do que a agricultura. Contudo, na área agrícola existem alterações muito importantes, nomeadamente no 1º Pilar, com necessidades tão vastas que é crucial haver recursos financeiros que só uma Política Agrícola Comum pode dar”.
A iniciativa foi organizada no âmbito da Campanha de Informação Europeia “PAC: Regresso ao futuro” – projecto de cooperação entre Portugal, Estónia, Bulgária e Malta - com o objectivo de promover o debate sobre a Política Agrícola Comum, por ocasião da comemoração, em 2012, do 50º aniversário da PAC. O projecto conta já com debates realizados na Bulgária e na Estónia, estando programadas acções semelhantes também em Malta.
“O impacto da PAC nos agricultores europeus - É uma Política justa?”
15.10.12 | Notícias