A Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, classificou o Espaço de Visitação e Observação de Aves (EVOA), em Vila Franca de Xira, como âncora do desenvolvimento sustentável, que espera 35 a 50 mil visitantes por ano.
«A construção de mais uma âncora de desenvolvimento sustentável no nosso território é um momento relevante e marcante. Cria conhecimento, emprego e dinamismo económico numa área que é a da conservação da natureza e da educação ambiental, com o objetivo de ser atração do turismo nacional e internacional», afirmou a Ministra na inauguração do espaço na Lezíria Grande, em plena Reserva Natural do Estuário do Tejo.
Dos dois milhões e trezentos e cinquenta mil euros investidos no projeto, a Brisa comparticipou em cerca de um milhão e trezentos mil euros e perto de um milhão foi proveniente de fundos comunitários, tendo a promotora do espaço, a Companhia das Lezírias, contribuído com cerca de 63 mil euros.
«Olhando para a Companhia das Lezírias, espero que ela se possa abrir aos portugueses, nomeadamente nesta região de Lisboa e Vale do Tejo, onde habitam três milhões de pessoas, e que o EVOA possa ser um espaço de convívio com a natureza, de trazer as pessoas ao mundo rural para que possam usufruir e ajudar a preservar e a tornar vivo este território», afirmou Assunção Cristas.
Na sua intervenção, o presidente da Companhia das Lezírias, António Saraiva, destacou o facto de o EVOA ser o «mais completo espaço de visitação de aves em Portugal», espera que o projeto sirva para que, daqui a 10 anos, os jovens olhem para o Tejo «com outros olhos».
O projeto criou quatro postos de trabalho a tempo inteiro e um número indeterminado de postos de trabalho a tempo parcial, correspondente aos monitores que vão dar apoio aos visitantes.
O EVOA visa criar condições para atrair e fomentar a permanência de diferentes espécies de aves, tendo em conta que o estuário acolhe mais de 200 espécies, com concentrações superiores a 120 000 aves, algumas das quais raras.
O espaço criado permitirá a observação privilegiada de aves pelo público e, sobretudo, por comunidades de observadores de aves e por investigadores, potenciando o desenvolvimento de estudos científicos.
Por outro lado, o EVOA, situado na confluência dos rios Sorraia e Tejo, tem componentes lúdicas e pedagógicas viradas essencialmente para as escolas e as famílias.
O preço a pagar é de cinco euros para as escolas e de 12 euros para os adultos.
O projeto permitiu criar três lagoas artificiais com cerca de 70 hectares, dotadas de dissimuladores para observação de aves e vários percursos sinalizados e de um Centro de Interpretação com uma exposição permanente e outra temporária, bem como jogos e filmes sobre a temática das aves.