O Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, através do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, e a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo assinaram um protocolo que cria uma linha de crédito de 150 milhões de euros para financiamento de projetos no âmbito do Proder.
Esta linha de crédito é criada no mesmo dia em que é aberta em contínuo a medida do Programa de Desenvolvimento Rural, Proder destinada à modernização e capacitação das empresas agrícolas.
Injetar crédito na economia agrícola
«Esta linha de crédito é aberta com o objetivo de permitir ultrapassar as atuais dificuldades de financiamento dos agricultores que apresentam projetos de investimento e para o qual necessitam de suporte bancário para o desenvolvimento do seu negócio», anunciou a Ministra Assunção Cristas.
O objetivo desta linha, prosseguiu a Ministra, «é garantir o acesso mais célere e mais privilegiado» a estes agricultores, criando «uma via verde» para projetos que já passaram pelo crivo da administração pública e foram aprovados no âmbito do Proder.
Por sua vez, o Secretário de Estado da Agricultura afirmou que «hoje é um dia importante para a agricultura portuguesa» e referiu a importância de - através deste protocolo com a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo -, se «injetar crédito na economia agrícola, o que permite aumentar o ritmo de investimento e não desperdiçar nenhuma das oportunidades que os fundos comunitários nos permitem».
«Já em 2011 conseguimos o maior investimento desde que o Proder está em vigor com um total de 700 milhões de euros», acrescentou José Diogo Albuquerque.
Um investimento com retorno
A agricultura foi o único sector da economia que cresceu em 2011. O Valor Acrescentado Bruto da agricultura registou um crescimento de 2,4% e o das indústrias transformadoras 0,4%. O sector resistiu à contração da economia e manifestou uma capacidade exportadora crescente em sectores como o vinho, os hortofrutícolas ou o azeite.
O complexo agro-florestal, que inclui a floresta e as indústrias transformadoras, é responsável por 20% das exportações portuguesas, representando 6% do Produto Interno Bruto e 15% do emprego. O sector que suporta a economia de 70% do território com taxas de emprego que, em algumas regiões, como em Trás-os-Montes chega quase a 50%.